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Geral

05 de Novembro de 2015

Bahia investirá R$ 2 bi em estradas

Dos 32.554 quilômetros de rodovias brasileiras, entre as administradas pela União, governos estaduais e concessões ao setor privado, 1.622 quilômetros estão na Bahia. O estado, que tem a segunda maior malha rodoviária no País, atrás apenas de Minas Gerais, tem um total de 15.922 quilômetros de vias pavimentadas, das quais 8.324 foram pesquisadas pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), que divulgou na tarde de ontem a pesquisa sobre as condições das rodovias em todo o País. Na Bahia, 19,5% das estradas estão ruins, número abaixo da média nacional, que é de 22,5%.
  O secretário estadual da infraestrutura, Marcus Benicio Foltz Cavalcanti, disse que nos últimos anos a Bahia recuperou e construiu mais de oito mil quilômetros de estradas, tendo investido, de 2007 até agora  R$2,8 bilhões. Este ano, de janeiro a julho, mais de 230 quilômetros de estradas já foram recuperados, a exemplo da BA-654 (entroncamento da BA-001 a Taboquinhas, próximo a Itacaré), e nas ligações para os municípios de Monte Santo, Malhada da Pedra, Mairi. 
  Para os próximos anos, estão previstos investimentos através do Programa de Recuperação de Estradas (PREMAR), que na sua segunda edição irá recuperar aproximadamente 3.800 quilômetros de rodovias estaduais, podendo alcançar 4.200 quilômetros. Os investimentos somam aproximadamente 520 milhões de dólares (aproximadamente R$ 2 bilhões), entre aporte do Governo do Estado e empréstimos do Banco Mundial (BIRD).
  Marcus Cavalcanti diz ainda que o estado está investindo na construção da Via Metropolitana, a ligação entre a Rodovia CIA-Aeroporto (BA-526) com a  Estrada do Coco (BA-099), com 11,2 quilômetros. O investimento soma R$ 220 milhões a rodovia vai desafogar a região central de Lauro de Freitas, funcionando como alternativa mais rápida no acesso ao Litoral Norte baiano através da Linha Verde.
  Ainda há outra importante obra, o anel viário de Candeias. Com extensão de 12,70 km, ela está recebendo mais de R$24 milhões em investimentos para a sua construção. A ligação vai beneficiar 175 mil moradores da região, das cidades de Candeias, Madre de Deus e São Francisco do Conde (Mataripe). Tendo previsão de conclusão em março de 2016, o anel viário fará a ligação da BA-522 a BR-324, com estimativa de trafegabilidade de 780 veículos por dia, incluindo veículos pesados, já que a principal atividade econômica dos municípios é a de petróleo e gás.
  Concessionária
  Dentre estes trechos administrados pela Viabahia, maior concessionária de rodovias da região Nordeste (aproximadamente 680 km de rodovias, incluindo as BR-324, entre Salvador e Feira de Santana , e BR-116  de Feira de Santana até a divisa com o Estado de Minas Gerais), mais de 60% foi avaliado com a classificação “Bom”, outros 30% como “Ótimo” e 10% como “Regular”.Os 10% considerados “Regular” estão passando atualmente por  obras infraestrutura, de proteção e segurança. Até  setembro deste ano a concessionária já investiu R$ 1,4 bilhão em obras de infraestrutura. 
  Um dos reflexos desta melhoria está na diminuição do número de vítimas fatais e feridas em acidentes de trânsito. Segundo a concessionária, houve uma redução de 19,44% no número de vítimas fatais e de 31,57%  de janeiro a setembro de 2014, em relação ao mesmo período de 2015. “A gente se preocupa com toda a malha viária, mas a BR-324 terá uma atenção especial em 2016. Também queremos destacar que os municípios por onde passam as rodovias são beneficiados com uma estrutura melhor de segurança e sinalização”, afirma Paulo André, presidente da concessionária.
  A Pesquisa CNT de Rodovias 2015 avaliou também as condições de pavimentação, sinalização e trafegabilidade de  100.763 quilômetros de rodovias pavimentadas no país, das quais 8.324 quilômetros foram na Bahia.  Da extensão total avaliada nessa 19ª edição da pesquisa, 57,3% apresentaram algum tipo de deficiência no estado geral, sendo que 6 ,3% estavam em péssimo estado, 16,1% ruim e 34,9% regular. Possuem condições adequadas de segurança e desempenho 42,7% das rodovias, classificadas como boas ou ótimas.
  Segundo avaliação dos pesquisadores da CNT, serão precisos investimentos da ordem de R$ 360 bilhões para recuperar as rodovias em todo o país. Na Região Nordeste, a CNT identificou a necessidade de 230 projetos rodoviários que demandariam investimentos de R4 88,7 bilhões nos próximos anos.
  O principal objetivo da Pesquisa CNT de Rodovias é contribuir com o transportador rodoviário do Brasil, apontando as deficiências e as necessidades de melhoria da infraestrutura das rodovias por meio de avaliação dessas características - pavimento, sinalização e geometria da via. O modal rodoviário possui a maior participação na matriz de transporte de cargas (61%). Portanto, investir em rodovias e na integração com os outros modais é fundamental para o desenvolvimento do país.
  Rodovias têm boa trafegabilidade Com um total de 15.922 quilômetros de rodovias (federais e estaduais) pavimentadas. Desse total, 5.718 quilômetros são de rodovias federais e 9.975 são rodovias estaduais. A Confederação Nacional dos transportes percorreu 8.324 quilômetros em todo o Estado. Constatou que 44,5% podem ser consideradas ótimas ou boas. A CNT percorreu 8.324 quilômetros de estradas pavimentadas em todo o Estado.
  Segundo a pesquisa, 8,5% , representando 707 quilômetros de rodovias estão em estado ótimo de trafegabilidade. O percentual considerado bom foi de  36,0%, o que equivale a 3.001 quilômetros de rodovias. Já o percentual considerado regular foi de 36%, ou o equivalente a 2.996 quilômetros de estradas. Em situação ruim o percentual constatado foi de 13,6% equivalentes a 1.131 quilômetros, enquanto o pior estado (péssimo) representou 489 quilômetros de rodovias, ou 5,9% do total pesquisado. 
  No Brasil
  Em todo o País, dos 100.763 quilômetros de rodovias avaliadas pela CNT,  67.279 eram rodovias federais e 33.484 estaduais. O percentual considerado péssimo foi de 6,3%, correspondendo a 6.340 quilômetros de rodovias. Os trechos considerados ruins somaram 16.214 quilômetros, o que equivalem a 16,1%. Trinta (30,2%) por cento de trechos  das estradas foram considerados bom, equivalentes a 30.464 quilômetros, enquanto 16.464 quilômetros (12,5%) foram considerados ótimos, e 30,2%, correspondente a 35.105 quilômetros foram considerados regulares.
  Em 2015, foram avaliados 19.804 quilômetros (19,7%) de rodovias sob regime de concessão privada, e 80.959 km (80,3%) de rodovias sob gestão pública (Governo Federal e Estadual). Nas rodovias  sob regime de concessão 78,3% (15.499 km)  obtiveram avaliação  como Ótima ou Boa, e 21,7%, foram classificados como Regular, Ruim ou Péssimo.  Jas nas rodovias , 65,9 % (53.354 km), foram classificadas como Regular (38,7%), Ruim (19,4%) ou Péssimo (7,8%). E 34,1%  (27.605 km) foram classificadas como Ótima ou Boa. 
  327 pontos críticos foram mapeados
  A pesquisa da CNT registrou o aumento de 13,1% no número de pontos críticos em relação ao ano passado. Os 327 pontos críticos mapeados incluem buracos grandes nas vias, quedas de barreira, erosões na pista e pontes caídas. Enquanto 78,3% das rodovias sob regime de concessão foram classificadas como Ótimo ou Bom no Estado Geral, apenas 34,1% das públicas tiveram a mesma classificação.
  As duas piores rodovias apontadas na pesquisa da CNT foram  a BR-324, no trecho estadualizado que liga a BR-407 à cidade de Jacobina, e a BR-242 (BR-116/Brasília). As duas melhores rodovias roam a BA-535 (Via Parafuso) que liga a capital ao Pólo Petroquímico de Camaçari, a BA-415 entre Itapetinga e Ilhéus, a BA-251 entre Camacã e Buerarema e as BRs-101, 110 e 116 (Rio-Bahia).
  As regiões Norte, Centro-Oeste e  Nordeste foram as que obtiveram as piores classificações com 76,0%, 60,5% e 56,1% de suas malhas apresentando algum tipo de problema, sendo avaliadas como Regular, Ruim ou Péssimo no Estado Geral. As regiões Sul e Sudeste tiveram 22,7% e 16,5%, respectivamente  nessa classificação. Considerando as variáveis separadamente, tem-se que 48,6% das rodovias pesquisadas possuem deficiências no Pavimento, 77,2% na Geometria da Via e 51,4% na Sinalização. 
  Na Bahia foram classificadas como ruins ou péssimas as rodovias BA-026/407 (Ruy Barbosa/Itaberaba), BA-130/BR-407 (Jacobina/Capim Grosso), BA-14 (Barra da Estiva/Mucugê), BA-160 (Malhada/Bom Jesus da Lapa),, BA-460 (Jaborandi/BR-242), BA-122 (Guanambi/Caetité/BR-242), BA-349 (Santa Maria da Vitória/Correntina), BA-430 (Caetité/Igaporã), BA-498 (Itamaraju/Mucuri) e o trecho estadualizado da BR-324/235 (Juazeiro/Remanso).