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24 de Abril de 2015
Bahia corta 1.167 empregos com carteira assinada; pior mês de março em 11 anos
Dados divulgados ontem (23) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelam que no último mês de março a Bahia cortou 1.167 empregos com carteira assinada, uma redução de 0,06% em relação a fevereiro de 2015. O resultado, fruto da diferença entre o total de 62.480 mil admissões e 63.647 mil demissões, representa o pior mês de março para o emprego formal dos últimos 11 anos. No Brasil, houve sinais de recuperação no período pesquisado. Foram 19,2 mil empregos gerados, 0,05% a mais do que em fevereiro, apesar do saldo dos últimos 12 meses ainda ser negativo, com perda de 48,6 mil postos de trabalho.
Segundo o presidente do SINDUSCON-BA, Carlos Henrique Passos, a tendência é que haja mais demissões nos próximos meses. “Esse número já era esperado. Não há fatos novos que justifiquem uma modificação na tendência. Até diria que em abril deveremos ter perda de empregos novamente, por que nada se resolveu”, afirmou Passos.
Na Bahia, o setor que mais demitiu foi o da construção civil. Em março, 2.136 trabalhadores do setor ficaram sem emprego, seguido pelo setor de comércio, com menos 635 postos de trabalho. Além da situação econômica que afeta todos os setores do pais, o setor da construção baiano ainda amarga a paralisação de novos lançamentos em Salvador, seu principal mercado. Como nos demias estados, aas causas são a queda nos lançamentos e as irregularidades de pagmento do Minha Casa, Minha Vida e o fim de obras públicas. "A tendência é que as obras acabem. E a cada obra encerrada as pessoas perdem os empregos, se novas não forem iniciadas. O setor se preparou para uma necessidade de serviço maior. Arquitetos e engenheirso estão entre os desempregados também, não só os operários", disse.