Autonomia da nova equipe econômica é a preocupação dos empresários

Após o anúncio oficial dos novos ministros da Fazenda e Planejamento, empresários e representantes setoriais estão preocupados com o grau de autonomia que a recém-formada equipe econômica terá nos próximos quatro anos.

Ao falar sobre sua nomeação para a Fazenda, Joaquim Levy afirmou que a autonomia "está dada", mas acrescentou que essa confirmação virá no "dia a dia". "Pela escolha da equipe, há confiança", comentou o ex-secretário do Tesouro Nacional.
 
O presidente do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias (Simpi) de São Paulo, Joseph Couri, entende, porém, que há "grandes chances" de mudanças positivas serem feitas para garantir a retomada do crescimento econômico, importante não só para a geração de emprego e renda, como também para as contas em todo o setor público.

Por meio de nota, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, que também reconhece a competência técnica da nova equipe, afirmou que o setor deseja o aprofundamento do diálogo com o governo.
 
Os ministros indicados não quiseram antecipar quais medidas serão tomadas para aumentar investimentos. Levy apenas adiantou a meta de superávit primário de 1,5% do PIB para 2015.

Ambos disseram que a gestão econômica passa por uma transição e que a equipe nova e a atual irão discutir as mudanças.