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27 de Janeiro de 2017
Arrecadação cai pelo 3º ano em 2016 e tem pior resultado em 6 anos
A crise na economia brasileira e o aumento do desemprego continuaram a se refletir na arrecadação federal em 2016, que registrou recuo real pelo terceiro ano seguido. De acordo com números divulgados pela Receita Federal nesta sexta-feira (27), a arrecadação com impostos e contribuições federais registrou queda real (após abatimento da inflação) de 2,97% no ano passado, para R$ 1,28 trilhão.
Foi o valor mais baixo para um ano fechado desde 2010, ou seja, em seis anos.
A redução aconteceu apesar do aumento de tributos sobre computadores, smartphones, notebooks, tablets, modens e roteadores, vinhos, destilados, chocolates, sorvetes e cigarros, e também do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) cobrado na compra de dólar em espécie, do aumento da tributação sobre folha de pagamentos e do PIS e Cofins sobre gasolina e diesel.
A receita extra de R$ 46,8 bilhões obtida com a repatriação de recursos do exterior no fim do ano passado também não foi suficiente para reverter o resultado negativo. Além disso, houve em 2016 uma arrecadação extraordinária de R$ 4,64 bilhões decorrente da transferência de ativos entre empresas.
De acordo com a Receita Federal, a arrecadação também sentiu os efeitos, em 2016, de reduções de tributos e por subsídios autorizados pelo governo anterior, da então presidente Dilma Rousseff, para tentar estimular a economia brasileira em meio à desaceleração da economia - em parte revertidas pela gestão do presidente Michel Temer. Segundo o Fisco, o impacto das desonerações foi de R$ 90,6 bilhões no último ano, contra R$ 105,3 bilhões em 2015.