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Mercado

03 de Setembro de 2014

Afinal o preço dos imóveis vai cair?

É preciso explicar um pouco a provável confusão que se pode fazer quando se mistura o comportamento comercial mais agressivo de algumas cias de incorporação imobiliária e o comportamento sistêmico dos preços dos imóveis.

Desde 2009, a maioria das cias de incorporação listadas na Bovespa, viu o seu valor de mercado despencar, e, em alguns casos, as perdas foram superiores a 80%.

Fato é que depois de contaminado pela crise internacional, o Brasil cresceu 7.5%, ou quase 40 vezes mais do que o crescimento de 2009, um ponto completamente fora da curva, desorientando as estratégias empresariais.

Nos 3 anos que se seguiram, a formação dos valores de mercado dessas cias obedeceu a um múltiplo de conjuntura.
 
Os resultados anuais decrescentes explicam grande parte da perda de valor enfrentada.

Com causa na alta velocidade com que a conjuntura econômica se modificou, foi observado um elevado crescimento relativo do passivo das cias quando comparado aos seus, agora, reduzidos valores de mercado, moldando um quadro de alavancagem.

As cias passaram a reduzir suas atividades de lançamentos e incentivaram a comercialização de estoques.

O movimento agressivo de vendas, portanto, será tão rápido quanto a duração do "excesso" de estoque que configura o tal excesso de alavancagem, tratando-se, evidentemente, de movimento pontual, e muito transitório.

Não há qualquer precedente técnico que possa significar que esse movimento deverá permanecer de forma mais duradoura, adquirindo um modo sistêmico.