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08 de Abril de 2015
Aço Brasil reduz projeções de consumo em 8% ao ano
A deterioração da atividade industrial no país neste início do ano mudou a percepção do mercado de siderurgia para 2015. Apesar de prever um crescimento na produção nacional, o Instituto Aço Brasil decidiu rever para baixo todas as suas projeções para o mercado doméstico e já fala na paralisação dos investimentos, em meio ao cenário de ociosidade da capacidade instalada. Segundo o instituto, o consumo aparente de aço no Brasil deve fechar o ano com queda de 7,8% em relação a 2014, para 22,78 milhões de toneladas, próximo dos níveis registrados em 2007. Nas estimativas iniciais, divulgadas em novembro do ano passado, a previsão era crescer 2%. Já vendas internas têm queda prevista de 8%, para 19,1 milhões de toneladas, ante uma projeção inicial de crescimento de 4%.
A instituição atribui a queda projetada ao recuo dos principais setores industriais no início deste ano, com destaque para a construção civil, que caiu 8,8% em janeiro, na comparação com igual mês de 2014; e o setor de máquinas e equipamentos, que recuou 10,9% na mesma base de comparação, além da indústria automotiva.
Para Benjamin Baptista Filho, presidente do Conselho Diretor do Aço Brasil, a indústria de construção civil vive, no momento, o ápice de uma deterioração, contaminada pelos desdobramentos da Operação Lava-Jato sobre as empreiteiras e pela redução do ritmo de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e Minha Casa, Minha Vida. "Houve uma paralisação geral das obras. Estamos passando pelo momento mais critico", disse Baptista Filho, que projeta uma ligeira melhora até o final do ano nas vendas internas do setor siderúrgico, que recuaram 12,2% no primeiro bimestre.