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Notícias



Setor da Construção

25 de Novembro de 2014

2015 será ano de ajustes também para a indústria da construção

A indústria da construção brasileira não deve crescer em 2015, mantendo-se estável em relação a 2014, previu ontem (24) o presidente Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP), José Romeu Ferraz Neto.

Queda do emprego no setor, desaceleração na oferta de crédito e ajustes macroeconômicos são os motivos apontados para a estabilidade.  “Ainda há muitas incertezas sobre a condução da economia e isso se reflete nas decisões de investimento. Como o cenário que se vislumbra é de ajuste, o mesmo deve ocorrer no setor”, disse a coordenadora de projetos da construção da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ana Maria Castelo.

Com base nessas perspectivas, o Sinduscon-SP estima para 2015 crescimento zero no valor agregado das construtoras, queda de 2% no emprego na construção, declínio de 1,5% na produção de insumos (como cimento e aço) e queda no comércio desses materiais.  
 
Segundo Ana Maria, de um lado, o governo deverá se esforçar por recuperar a confiança dos investidores, buscando conter a inflação, impulsionando as obras de infraestrutura e contratando mais unidades do programa Minha Casa, Minha Vida. Por outro, o mercado imobiliário deverá prosseguir em fase de ajuste e a renda e o consumo das famílias deverão crescer menos.   

A boa notícia, segundo Ana Maria, é que a partir de 2015, terão início obras que foram licitadas no final de 2012 e início de 2013. “As concessões têm um tempo de maturação maior e não são influenciadas pelo cenário negativo no curto prazo. A exemplo deste ano, são as obras de infraestrutura que irão segurar o desempenho do setor em 2015.”