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Setor da Construção


20 de Setembro de 2012

USP e UFRJ desenvolvem concretos sustentáveis

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A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade de São Paulo (USP) apresentaram projetos para a produção de concretos sustentáveis, fabricados a partir de resíduos industriais ou fibras naturais. De acordo com a Coordenação de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe) da UFRJ foram realizados testes com fibras de sisal e coco, materiais que se mostraram tão eficientes quanto às fibras sintéticas de polipropileno, nylon e amianto no reforço do concreto. O sisal, por exemplo, fornece maior ductilidade e reparte melhor as fissuras.

Os pesquisadores também desenvolveram uma tecnologia para usar a cinza do bagaço de cana, resíduo da produção de açúcar e álcool, como substituto parcial do cimento. Além disso, o Coppe promove pesquisas semelhantes com plantas da Amazônia, como o arumã, a juta e o curauá.

Na USP, o concreto ecológico foi produzido pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) em parceria com a Escola de Engenharia da Universidade em São Carlos (EESC), no interior de São Paulo. No novo material, já patenteado em julho, são utilizados resíduos industriais.

O "concreto não estrutural", como foi chamado pelos pesquisadores, resulta da combinação de areia de fundição aglomerada com argila e escória de aciaria ou de alto-forno, resíduos despejados por companhias siderúrgicas e de fundição. Segundo o IAU, o novo concreto alcançou uma resistência de 56 MPa - a resistência convencional do material varia de 25 a 30 MPa.

Os pesquisadores alertam que por ser não estrutural, o concreto sustentável não pode ser usado em pilares e vigas. Porém, é possível fabricar bloquetes, guias, grelhas, sarjetas, contrapisos, blocos para alvenaria de vedação e outras peças.