Suspensão de dívida da prefeitura inquieta empresários

O setor produtivo recebeu com cautela a decisão do prefeito ACM Neto de suspender temporariamente o pagamento de R$ 305 milhões em dívidas herdadas da administração do ex-prefeito João Henrique, que serão auditadas pela Secretaria Municipal da Fazenda. Embora vejam como positivas as medidas moralizadoras baixadas pelo novo gestor, empresários alertam para que a "moratória" do pagamento dos serviços prestados à prefeitura não seja por um prazo superior a 60 dias.

Em entrevista concedida ao jornal A Tarde, o diretor de relações institucionais do SINDUSCON-BA, Vicente Mattos, disse considerar normal esse tipo de cuidado no início das administrações, sobretudo em relação ao último governo, que, segundo ele, não honrava os pagamentos em dia, o que levou mais de 10 empresas a deixarem de trabalhar com a prefeitura.

O executivo é taxativo ao afirmar que "não será normal" se a suspensão dos pagamentos se alongar por tempo superior a 30, 60 dias. "Muito dos custos da construção civil são imediatos. Trabalhamos com mão de obra intensiva, com material, como cimento e concreto, cujos pagamentos têm de ser feitos logo", disse o dirigente.

Na prefeitura, o setor participa com obras de infraestrutura, como pavimentação de vias, contenção de encostas e manutenção de canais.