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Mercado

11 de Agosto de 2014

Setor imobiliário quer virar o jogo no semestre

Entre janeiro e maio deste ano, o mercado imobiliário perdeu de goleada.

As vendas despencaram 41,4% sobre o mesmo intervalo de 2013 e os lançamentos caíram 14%.

A partir de agosto, os analistas apostam em uma grande virada.

A derrota nos primeiros cinco meses é atribuída ao carnaval, a mudança no calendário das férias escolares e à Copa do Mundo.

A tendência agora é de maior volume de lançamentos e produtos pouco explorados, como os imóveis de 3 e 4/4.

Segundo dados da Abecip, não faltará recurso para o financiamento.

Os desembolsos com recursos da poupança encerraram o 1º semestre com R$ 53,1 bilhões, elevação de 7% na comparação com igual período de 2013 e a perspectiva é encerrar 2014 na casa dos R$ 125,2 bilhões.

O crédito para aquisição de imóveis somou R$ 38,3 bilhões entre janeiro e junho deste ano, com avanço de 8% na comparação anual.

Olhando apenas imóveis usados, foram concedidos R$ 23 bilhões no período, queda de 0,07% ante 2013. Já para a construção de imóveis, foram R$ 14,8 bilhões, um crescimento de 4%.

O Banco Central ressalta que apesar de a caderneta de poupança no primeiro semestre registrar captação líquida de R$ 9,61 bilhões, a fartura na linha de financiamento está garantida.

"A poupança deve seguir como fonte quase exclusiva de recursos para a linha de crédito da casa própria até o fim de 2015", diz Octávio de Lazari Júnior, presidente da Abecip.

Para os analistas de mercado, o 2º semestre, historicamente, é de vendas elevadas.

E neste ano, observam, especialmente para os imóveis residenciais, não faltará dinheiro.

"A inadimplência nessa linha de credito é a mais baixa de todo mercado, ou seja, 1,2%", informa Lazari Júnior.

"Quem mais demanda financiamento são pessoas com idade de 35 anos a 45 anos, sendo que a maior parte está comprando seu primeiro imóvel. Em média, financiam, no máximo, 65% do valor do imóvel e 99,2% dos financiamentos são para moradia própria e o restante são investidores", detalha.