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05 de Abril de 2024

Setor da construção deve ser mais atrativo, aponta CBIC

A partir da perspectiva de impulsionar a indústria da construção, o debate sobre mão de obra tem avançado no setor. Esse tema foi discutido no 98º ENIC | Engenharia & Negócios, durante o painel Entendendo o cenário da mão de obra na construção civil em um debate que apontou a escassez de mão de obra como uma realidade. O 98º Encontro Nacional da Indústria da Construção é realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), dentro da FEICON, com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Social da Indústria (Sesi). 

O evento ainda tem o patrocínio do Banco Oficial do ENIC e da FEICON, a Caixa Econômica Federal, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (CREA-SP), Mútua, Sebrae Nacional, Housi, Senior, Brain, Tecverde, Softplan, Construcode, TUYA, Mtrix, Brick Up, Informakon, Predialize, ConstructIn, e Pasi.

Estudo divulgado em 2022 pela CBIC apontava que aproximadamente 90% das empresas passavam por dificuldades na atração de profissionais. De acordo com o vice-presidente de Políticas de Relações Trabalhistas da CBIC, Ricardo Michelon, o setor tem vivenciado uma dificuldade de atração de profissionais. Segundo ele, é preciso aumentar o entendimento do cenário do setor em relação a esse desafio. 

“O setor precisa ser mais atrativo aos profissionais e para isso dependemos do envolvimento de todos. Acredito que um dos caminhos seja buscarmos uma maior aproximação dos Sinduscons com o Senai. Essa parceria pode gerar bons frutos para melhorar a atratividade do setor”, disse. 

O desafio da mão de obra tem sido um gargalo importante para a conclusão de projetos. O setor conta com a escassez de cerca de 650 mil trabalhadores, de acordo com a consultora sênior de Inovação do IEL/RS, Greici de Rossi. A escassez de profissionais qualificados permeia todas as indústrias, não afeta apenas a construção. Estamos enfrentando uma mudança cultural, os pais não desejam que seus filhos cresçam e se tornem trabalhadores da construção civil. Há ainda um forte desalinhamento na percepção entre o que a Geração Z procura e a percepção do que a carreira na indústria da construção pode lhes oferecer”, apontou. 

Diante desse cenário, de acordo com Marcello Luiz de Souza Junior, gerente de Inteligência de Mercado do SENAI São Paulo, a expectativa é que reduza cada vez mais a entrada de jovens no mercado da construção. “É fundamental melhorar o diálogo com a sociedade e mostrar a proposta de valor de atuação no setor”. 

Segundo ele, para uma maior atratividade, é preciso avançar na incorporação de tecnologia nos processos dentro do setor. “”Temos que investir em uma tecnologia no setor, com isso podemos trilhar melhores caminhos para trazer mais pessoas”, disse.

Esse tema tem interface com o projeto “Conhecimento, Segurança e Saúde no Trabalho”, da Comissão de Política de Relações Trabalhistas (CPRT) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, com a correalização do Serviço Social da Indústria (Sesi).