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28 de Abril de 2022

Região Nordeste e Bahia se destacam no nível de atividade da construção nacional

Dando continuidade à programação da reunião itinerante do Conselho de Administração da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e da celebração dos 70 anos do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), o cenário da construção civil na Bahia foi apresentado nesta quinta-feira (28/04), durante evento híbrido, com transmissão ao vivo pelo canal oficial da CBIC no YouTube.

O comportamento do mercado imobiliário de Salvador nos últimos três anos foi apresentado pelo sócio da Brain Inteligência de Mercado, Marcelo Gonçalves. Ficou acertado que a Brain apresentará aos operacionais das empresas, o GeoBrain, ferramenta online de mapeamento de oferta de imóveis, que pode facilitar a visão do incorporador quanto a oferta e planejamento de novos produtos.

Pelo levantamento da Brain, há 88 empreendimentos lançados em Salvador, com 16.790 unidades lançadas e 4.165 em oferta final. “Dos produtos lançados, o preço médio é de R$ 6.500,00 e o da cidade é de R$ 370 mil, com a metragem média de 57 m2”, informou Gonçalves.

Segundo o executivo, houve um pequeno acréscimo de 5% em empreendimentos lançados no período entre o 1º trimestre de 2021 e o 1º trimestre de 2022, se comparado ao mesmo período de 2020/2021 (311%), em razão da pandemia, e uma pequena diminuição (-15%) no número de lançamentos na comparação anual de 2020 e 2021.

Por outro lado, houve um aumento de 30% no número de unidades vendidas em Salvador no 1º trimestre de 2022, maior que no 1º trimestre de 2021. “O resultado é surpreendente e não foi visto em outras cidades”, disse. Ao avaliar o que foi vendido nos últimos dois anos, Gonçalves destacou que 2021 foi 17% maior que 2020 no número de unidades vendidas.

Já a oferta final, imóveis disponíveis para compra, que no 1º trimestre de 2020 era de 3.874 unidades, subiu para 4.568 unidades no mesmo período de 2021, aumento de 18%, e caiu para 4.165 (-9%) no 1º trimestre de 2022, “o que mostra a saúde do mercado”, enfatizou.

Panorama Econômico da Região Nordeste e da Bahia

A economista da CBIC, Ieda Vasconcelos, apresentou os dados da região Nordeste e informações econômicas da Bahia, demonstrando a importância da região para o setor da construção civil nacional e os dados inéditos da Sondagem da Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com apoio da CBIC.

Segundo Vasconcelos, a região Nordeste responde por 16,38% da construção nacional, 3ª maior região do setor da construção civil no país, ficando atrás apenas das regiões Sul (18,76%) e Sudeste (48,79%).

Do total de quase 6,7 milhões de trabalhadores com carteira assinada em todas as atividades da região Nordeste, quase 7% são dentro da construção civil.

Dos dados do mercado imobiliário apresentados por Marcelo Gonçalves, a economista ressaltou que 15% dos lançamentos imobiliários e 18% das vendas do ano passado aconteceram no Nordeste. “A região hoje tem quase 17% do número total de imóveis novos disponíveis para a comercialização”, citou.

Já a Bahia tem a maior construção da região Nordeste. Representa quase 31% da construção do Nordeste, seguida pelos estados de Pernambuco (16%) e Ceará (15%).

O estado tem 5% do PIB da construção nacional e quase 134 mi trabalhadores com carteira assinada. Do total de trabalhadores da construção no Brasil, 5,62% estão na Bahia, quase a mesma proporção do PIB.

Além disso, a Bahia tem 1,822 milhão de trabalhadores com carteira assinada em todas as atividades, sendo quase 134 mil na construção, mais de 7%. “Salvador tem quase 50 mil trabalhadores com carteira assinada na Bahia, o que corresponde a 36,78% do total de trabalhadores do setor no estado”, comentou.

Quanto a um dos dados inéditos da Sondagem, Ieda Vasconcelos destacou que o nível de atividade do setor da construção, por primeiro trimestre desde 2011, mostra que a construção civil em âmbito nacional, na região Nordeste e na Bahia encerrou o primeiro trimestre do ano com o nível de atividade positiva em relação a todos os trimestres anteriores. “Bahia e Nordeste estão com o melhor patamar desde 2011/2012, por isso que o estado tem se mantido entre os maiores geradores de vaga na construção. Dados de hoje, do Caged, revelam que a Bahia se manteve entre os três primeiros colocados”, enfatizou.

Os presidentes da CBIC, José Carlos Martins, e do Sinduscon-BA, Alexandre Landim, também participaram do evento.
Fonte: CBIC