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Economia
09 de Janeiro de 2014
Poupança pública aumenta devido atraso de três dias em pagamento do MCMV

Um atraso de apenas três dias em um pagamento ajudou a engordar em R$ 1,5 bilhão a poupança do governo federal no ano passado. No último dia 3, essa quantia foi paga pelo Tesouro Nacional à Caixa Econômica Federal como parte dos subsídios do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
O dinheiro estava reservado no Orçamento do ano passado e o processo de liberação estava em andamento desde julho, quando foi feito o empenho, a primeira etapa do gasto público. Mas a despesa ficou para a contabilidade de janeiro de 2014.
O Tesouro afirma que as despesas do programa estão condicionadas à medição física da obra, e não ao eventual empenho de recursos. No entanto, há sinais de que boa parte das despesas foi só adiada.
Os exemplos mais frequentes são os subsídios que o Tesouro paga a bancos oficiais, para cobrir as perdas com financiamentos a juros baixos.
A própria Fazenda divulgou ontem (08) que R$ 33,5 bilhões em despesas do Orçamento do ano passado foram transferidos para este ano; na virada de 2012 para 2013, o volume foi de R$ 26,2 bilhões. O ministério nega, porém, que a intenção tenha sido engordar o saldo fiscal.
Intencional ou não, até o atraso em pagamentos de dívidas de pequeno valor a beneficiários do INSS contribuiu para o cumprimento da meta.
Segundo o Conselho da Justiça Federal, os recursos que deveriam ter sido repassados pela União em dezembro para o pagamento de benefícios obtidos por meio de decisões judiciais de novembro não chegaram ainda.
O Tesouro argumenta que pagou tudo o que estava orçado para 2013.