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Setor da Construção
06 de Outubro de 2014
PIB da construção deve fechar ano com o pior desempenho
A queda nos lançamentos e nas vendas de imóveis, somada à vagarosidade nas obras de infraestrutura, tem pressionado o PIB do setor da construção.
A perspectiva é que o segmento tenha expansão em torno de 1% em 2014, o que representa o desempenho mais baixo dos últimos quatro anos.
A estimativa é do novo presidente do Sinduscon-SP, José Romeu Ferraz Neto.
A projeção inicial do sindicato para o PIB nacional da construção era de alta de 2,8%, mas o baixo nível de atividade levou a uma revisão, em maio, para alta de 1% a 2%.
Caso a nova projeção seja confirmada, será o pior resultado desde 2009, quando o PIB da construção caiu 0,74% influenciado pela crise internacional.
O desaquecimento no PIB da construção já afeta o número de empregos na área. Apesar do número de vagas ter aumentado, foram registradas duas quedas consecutivas.
Entre janeiro e agosto foram criadas 21,8 mil vagas, 0,62% mais do que no mesmo período do ano passado.
Em julho, porém, o total de trabalhadores empregados na área caiu 0,13% ante o mesmo mês do ano passado. E em agosto, houve recuo de 0,49%.
Com isso, o total de trabalhadores no ramo foi a 3,518 milhões no fim de agosto, menos que o montante de 3,535 milhões verificado um ano antes.
O baixo crescimento é conseqüência da queda nas vendas e nos lançamentos imobiliários.
Muitos potenciais compradores desistiram de fechar negócios em meio ao quadro econômico, com inflação e juros elevados, além das incertezas políticas.
Na avaliação do presidente do Sinduscon-SP, a retomada do crescimento do PIB da construção e do PIB nacional dependem de ajustes na economia por parte do governo federal, como acerto da meta fiscal, controle dos gastos públicos e fim do controle artificial de preços para segurar a inflação.