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Setor da Construção
29 de Julho de 2014
Perspectiva é que uma a cada 10 pequenas construtoras encerre operação
Atenção ao caixa, operações virtuais e até fusão de grupos menores estão entre as medidas que o pequeno e médio construtor pode adotar para sair ileso à economia em desaceleração.
Especialistas e empresários ouvidos pelo DCI apontam que, ano que vem, o mercado estará mais difícil e as chances das empresas menores serem engolidas pelas gigantes do setor aparecem como uma realidade palpável.
"Sobreviver a um mercado desafiador é mais complexo para as empresas menores. Menos capitalizadas, as empresas menores devem ter o dobro de planejamento para não ser pega de surpresa", disse o doutor em planejamento e finanças para Pequenas e Médias Empresas pela UFMG, Rubens Carvalho.
Na opinião do professor, uma a cada dez micro e pequena empreiteira deve fechar as portas no próximo ano.
"Independentemente do cenário político, 2015 será marcado por redução no crédito. Sem o apoio dos bancos é mais complicado manter a operação funcionando".
Para ele, passado um período mais difícil no primeiro semestre de 2015, as empresas que conseguirem se manter saudáveis devem encontrar um mercado melhor no segundo semestre, com a perspectiva de equilíbrio no setor em 2016.
"O mercado vem passando por um processo de reestruturação em busca do equilíbrio entre oferta e demanda. A perspectiva é que, com um mercado realista e condizente com a realidade brasileira, as empresas consigam se organizar para planejar crescimento", disse.