Notícias
Setor da Construção
02 de Junho de 2014
PAC e Minha Casa fazem diferença para construtoras
Há um clima de pessimismo generalizado entre os empresários da construção e, se não fosse pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e pelo Minha Casa, Minha Vida (MCMV), a situação seria ainda pior.
Essa é a conclusão de um estudo realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com 646 empresas do setor.
O levantamento mostra que as duas políticas federais tendem a ganhar espaço nos negócios das construtoras, com um número crescente de companhias que os avaliam como importantes em suas operações.
Para 29,2% das empresas consultadas, o PAC terá relevância nos negócios nos próximos 12 meses, percentual superior aos 25,9% que atribuíram importância ao programa nas operações nos últimos 12 meses.
No caso do MCMV, 20,6% das empresas vêem influência do programa em seus negócios nos próximos 12 meses, também acima dos 15,9% que creditaram ao programa relevância nas operações nos últimos 12 meses.
Para as pequenas empresas, os programas são ainda mais importantes - 31% delas contam com o PAC em seus negócios nos próximos 12 meses e 28,5%, com o MCMV.
Entre as companhias com foco em infraestrutura, 36% dizem que o PAC terá influência sobre os negócios e, no segmento de edificações, 31,5% apostam no programa federal de habitação.
"Possivelmente os dois programas federais estão se tornando mais importantes para as empresas porque a parcela de negócios não relacionada a eles está diminuindo. Isso ajuda a entender a queda na confiança do setor, principalmente no que se refere ao futuro", comenta a coordenadora de estudos da construção da FGV, Ana Castelo.
Desde março os empresários do setor vêm se mostrando cada vez menos otimistas, chegando a maio no pior patamar de confiança desde que a FGV iniciou a apuração, em 2010.
O levantamento mostra que nos últimos três meses a confiança diminuiu 8,7% em relação ao mesmo período do ano passado - a maior retração trimestral desde agosto de 2012, quando o recuo foi de 9,8% na mesma base de comparação.
A piora foi mais acentuada no que se refere às expectativas, com queda de 11,4% neste intervalo, enquanto a situação atual apresentou deterioração de 5,3%.