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Setor da Construção
05 de Agosto de 2014
Mercado imobiliário baiano entra em crise e lançamentos caem mais de 70%
A crise começou com a suspensão do PDDU e da Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo (Lous), em 2012. De acordo com o presidente do SINDUSCON-BA, Carlos Henrique Passos, o cenário não tem sido animador.
As vagas de empregos diminuíram desde junho de 2013, e a previsão deve continuar ruim nos próximos seis meses, pelo menos.
“O ramo imobiliário não envolve apenas a área de construção, com os setores de operários, engenheiros e administrativos. Engloba a corretagem de imóveis, além dos escritórios de arquitetura e publicidade. Vários profissionais trabalham para o sucesso do setor”, explicou.
Segundo dados da Ademi, de janeiro a junho só foram lançados 841 unidades em Salvador. A previsão é a de que, até o fim do ano, o número de lançamentos não chegue aos 2 mil.
A estimativa da Ademi é que, ao final de 2014, o setor da construção civil da Bahia chegue ao pior índice de lançamentos, desde 2003 – que, por enquanto, é considerado o pior ano para o setor.
Para o presidente do Sinduscon, tem havido uma insegurança crescente para se investir em novos empreendimentos, e que vão além da suspensão do PDDU e da Lous.
“O custo da outorga foi reajustado após a atualização da planta de valores de imóveis, que ficou muito tempo sem alterações”, explicou, acrescentando que a outorga é calculada com base no valor unitário padrão do terreno.
Há alguns anos, essa mesma taxa era cobrada apenas quando o empreendimento já estava pronto, e quando o comprador poderia parcelar o pagamento.
“Além disso, o segmento imobiliário também está inseguro em relação ao recente reajuste do IPTU, cujos novos valores têm levantado incertezas de um negócio lucrativo para os próximos anos”, completou Passos.