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Setor da Construção
13 de Junho de 2014
Mercado espera 4 milhões de moradias na 3ª fase do Minha Casa, Minha Vida
A segunda fase do Minha Casa, Minha Vida ainda nem foi concluída, mas o setor de construção civil já aguarda com ansiedade o lançamento oficial da terceira etapa do programa, previsto para este mês.
São esperadas entre 3 e 4 milhões de novas unidades habitacionais em todo o Brasil.
Será a maior meta do programa, que desde o seu início, em 2009, soma 3,4 milhões de unidades contratadas sendo 1,6 milhão entregues até agora.
O investimento na terceira etapa deve chegar a R$ 130 bilhões. A presidente Dilma Rousseff chegou a confirmar o dia 29 de maio como data de lançamento do MCMV, mas o governo recuou.
Para representantes do setor, o adiamento tem razões políticas.
O plano que seria apresentado previa menos moradias do que o projeto anunciado pelo pré-candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos.
O governo estaria agora tentando turbinar a proposta inicial, que previa 3 milhões de unidades. “Imaginamos, no mínimo, quatro milhões de unidades”, diz o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) no Paraná, Waldemar Troppa Júnior.
Na linha de frente do Minha Casa, Minha Vida, as construtoras esperam que a terceira etapa contemple uma revisão dos valores de aquisição das unidades.
A principal reclamação é a escalada no preço dos terrenos, sobretudo nas capitais.
Altamente subsidiada pelo poder público, a faixa 1 é o maior gargalo do programa.
Segundo as construtoras, a defasagem dos preços desestimula novas contratações, queixa que encontra ressonância nas companhias de habitação.
A viabilização do programa em municípios com menos de 50 mil habitantes e aspectos ligados à urbanização, como a retirada de famílias de áreas de risco, fizeram parte das propostas levadas ao ministério.