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Economia
24 de Outubro de 2012
Mantega vê 'revolução' em mudanças na taxa de juros e no câmbio

O País está vivendo uma "revolução" cujos efeitos ainda estão por vir, avalia o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao referir-se à queda da taxa básica de juros de 12,5% para 7,25% ao ano e à desvalorização da taxa de câmbio obtida nos últimos seis meses. Segundo ele, os efeitos das duas mudanças foram negativos no início, uma vez que o rendimento das aplicações financeiras fica baixo e as empresas que serão beneficiadas por um câmbio mais competitivo tinham dívidas em moeda estrangeira. "Tem o custo de adaptação a esses novos preços, mas já começamos a sentir os primeiros efeitos do câmbio na reação das exportações de produtos manufaturados", indicou, em conversa com o Valor. Do tripé da política econômica - regime de metas para a inflação, superávit fiscal e câmbio flutuante - Mantega considera "permanentes, fundamentais" apenas a meta de inflação," que tem que ser mantida sob controle" - e a política de solidez fiscal, que busca um superávit primário das contas públicas de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB), mas com a prerrogativa de poder descontar uma parcela dos investimentos de acordo com o comportamento da arrecadação e da necessidade de fazer desonerações de tributos. Segundo o ministro, a economia está reagindo e retomando o nível de atividade compatível com um crescimento de 4% a 4,5%.