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Economia

02 de Outubro de 2014

Mantega diz que política econômica segue mesmo sem ele em 2º mandato

Mesmo não participando de um eventual 2º mandato de Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a política econômica continuará caso a presidente seja reeleita.

"A presidente não fará uma política neoliberal ou conservadora. Sabemos que foi praticada no passado e não deu certo. Continuará com uma política desenvolvimentista, que requer ajustes".

Segundo ele, será preciso "desmontar a política anticíclica" de expansão de gastos públicos para combater a desaceleração da economia.

Mantega observou que a proposta de orçamento da União, enviada ao Congresso Nacional, já contempla um aumento do superávit primário – que é a economia feita para pagar juros da dívida pública – para algo entre 2% e 2,5% do PIB.

Para este ano, a meta é de 1,9%. "Mas as prioridades são as mesmas: crescimento com emprego. O emprego tem de continuar aumentando, o investimento tem de continuar aumentando, os bancos públicos têm de continuar financiando investimentos enquanto os bancos privados não ocuparem esse espaço. Até então, não haverá retração dos bancos públicos. A política vai ter ajustes na área fiscal", declarou.

Segundo o ministro, a política econômica do governo é proposta pela área econômica, mas é uma "construção conjunta".

"A presidente Dilma também é economista e entende muito de economia. Temos construído essa política econômica desde o governo Lula de modo conjunto. Em relação a desonerações, em relação a política anticíclica, em geral fazemos a proposta e a presidente analisa. Às vezes, se atribui a ela coisas que são de nossa responsabilidade para o bem ou para o mal", declarou.

Questionado se o governo optou por promover mais o emprego, mesmo que para isso a inflação tenha ficado um pouco mais alta (ao redor de 6%), ele afirmou que não.

"Não houve nenhuma troca porque combatemos rigorosamente a inflação. Em um ano eleitoral, como 2014, nós elevamos juros, fizemos restrição de crédito. Política extremamente contra [a inflação]. Dificilmente um governo mostra tamanha responsabilidade contra a inflação como nós demonstramos", declarou ele.