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27 de Agosto de 2014
Lançamentos equivalem só a 27% da média de 2009
O volume de lançamentos imobiliários residenciais do país correspondeu, em maio, a apenas 27,55% da média mensal de 2009, segundo o Monitor da Construção Civil (MCC), calculado pela Tendências Consultoria.
"Isso aponta que as expectativas das construtoras estão muito baixas, em decorrência dos estoques e da avaliação do mercado", diz o diretor-executivo da Tendências, Ernesto Guedes.
O volume de lançamentos começou a cair em setembro de 2012, e houve queda consecutiva em todos os meses de 2014.
"A redução de lançamentos cria um efeito em cascata nas fases seguintes - fundação, estrutura e acabamento", diz Guedes.
Essa desaceleração do ritmo de novos projetos apresentados ao mercado vai se refletir, por exemplo, em menos demanda futura por materiais de construção para empreendimentos residenciais, segundo ele.
O maior freio foi registrado na região Sul do país.
Os lançamentos residenciais de maio corresponderam somente a 3,62% da média mensal da região em 2009. No Sudeste - região com o maior mercado imobiliário do Brasil - os lançamentos de maio foram equivalentes a 33,62% da média mensal da região em 2009.
Nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, as fatias registradas em maio corresponderam a 14,81%, 36,67% e 23,68% da média mensal das respectivas regiões há cinco anos.
Os dados são dessazonalizados.
O Índice de Atividade da Construção Imobiliária (IACI), com ajuste sazonal, indicou alta de 11,41%, em julho.
A Tendências estima queda de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) da construção neste ano e alta de 2,7% em 2015.
A primeira projeção da consultoria para o setor era de expansão de 2,4% em 2014.
Para a produção dos insumos típicos da construção, a estimativa é de queda de 2,5%.