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02 de Outubro de 2013

Imóveis: Novo teto do FGTS deve reduzir estoques

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Sem lançar novos empreendimentos imobiliários há um ano e com cerca de 6,5 mil unidades residenciais em oferta só em Salvador, os setores imobiliários e da construção civil apostam num incremento dos negócios a partir do aumento do teto de preço do imóvel para compra com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Pela nova regra aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), na última segunda-feira (30), o limite do valor do imóvel que pode ser adquirido com o fundo foi elevado de R$ 500 mil para R$ 750 mil em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal. Na Bahia e demais Estados, o valor subiu para R$ 650 mil.

Para o vice-presidente do SINDUSCON-BA, Carlos Henrique Passos, a medida chegou em boa hora. “O que a gente tem em estoque (imóveis na planta, em obras e prontos) demoraria cerca de dois anos para ser absorvido pelo mercado. Agora, com o novo teto do FGTS, a procura vai aumentar e o mercado aquecer”, acredita Passos.

O dirigente explica que a mudança na regra vai dar mais condições a quem estava adiando a compra da casa própria. “Poucas pessoas têm renda suficiente para financiar 100% do imóvel. O FGTS funciona como uma poupança, um complemento ao financiamento”, diz ele.

A ampliação do teto para uso do FGTS na compra de imóvel vai atingir um número maior de pessoas, sobretudo da classe média, os maiores beneficiados com a medida. Segundo o presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (ADEMI-BA), Nilson Sarti, houve uma valorização dos imóveis nos últimos cinco anos, que não foi acompanhada pelo limite imposto ao FGTS para aquisição de imóveis.

Sarti não acredita, por outro lado, que a maior oferta de recursos circulando no mercado gere uma elevação no preço das unidades residenciais. “O incorporador que fizer isso ficará fora do mercado”, alerta o dirigente, assinalando que o aumento do teto do FGTS era antiga reivindicação do setor e vem para ajudar a equilibrar o mercado.

O gerente regional da Caixa Econômica Federal (CEF), Vivaldo de Oliveira Neto, acredita que a nova medida vai ajudar a manter a ascendente a carteira de financiamento de imóveis com recursos do FGTS na instituição.