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08 de Maio de 2014
Há bolha imobiliária no Brasil?
Depois da bolha imobiliária nos Estados Unidos, devido à supervalorização dos preços dos imóveis que culminou na inadimplência no pagamento das hipotecas, muito tem se especulado no Brasil.
Um dos indícios é o aumento excessivo dos preços dos imóveis. Em 2013, a alta foi de 12,7%. Outro sinal é a farta oferta de crédito imobiliário.
No ano passado, os financiamentos imobiliários atingiram o valor R$ 109,2 bilhões, uma alta de 32%.
Segundo dados da Abecip, foram financiados 529,8 mil imóveis em 2013, um aumento de 17% ante 2012. É preciso entender que a concessão de crédito no Brasil é feita com critérios.
Para conseguir um financiamento, o consumidor tem de provar que as parcelas não comprometerão mais do que 30% de sua renda. Também é pedido que se dê uma boa entrada ao adquirir um imóvel, geralmente o ideal é de, pelo menos, 30% do valor total do bem.
Além disso, a maior parte das transações tem como finalidade para moradia.
Quanto à alta dos preços, é normal principalmente nas cidades que sediarão eventos como a Copa do Mundo.
O déficit de moradia no País, hoje de 5,2 milhões (PNAD), também impulsiona os preços. Mas, ao mesmo tempo em que há a elevação dos valores dos imóveis, há desaquecimento no setor da construção civil depois do boom de lançamentos e a formação de grande estoque.
Portanto, o risco de bolha imobiliária no Brasil nesse momento é pequeno. Apesar da farta oferta de crédito imobiliário, o volume de financiamentos representa 7,7% do PIB brasileiro.
Nos Estados Unidos, chega a 80%. Além disso, segundo Relatório de Estabilidade Financeira do Banco Central (BC), mesmo com a queda de 45% nos preços dos imóveis, os bancos brasileiros resistiriam a uma crise imobiliária.
Com a desvalorização de 55% e de um dia, uma única instituição financeira quebraria.