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Notícias



Economia

30 de Junho de 2014

Governo discute medidas para reanimar a economia

A seis meses do fim do governo, a presidente Dilma Rousseff traçou uma estratégia para reverter o baixo crescimento da economia e lançou o esboço de uma nova política para a indústria.

Anunciou, nos últimos dias, vários pacotes de "bondades" para empresas, todos destinados a estimular a produção e a tirar a economia das cordas neste ano eleitoral.

Apesar do diagnóstico sombrio do Banco Central - que reduziu a estimativa de crescimento e elevou a previsão de inflação deste ano -, o governo aposta na deflação dos preços de alimentos para impedir nova alta do custo de vida.

Dilma sabe que a economia, mais do que nunca, virou fator decisivo na disputa eleitoral e, diante de previsões negativas, tenta dar aos empresários um horizonte de mais longo prazo.

Para estimular a indústria e agradar a consumidores, o governo decidiu prorrogar o desconto no IPI para automóveis. Dilma também vai anunciar, nos próximos dias, a entrega de novas moradias do programa "Minha Casa, Minha Vida" em várias capitais.

Na última semana em que pode inaugurar obras, por causa da Lei Eleitoral, a presidente quer mostrar que mantém o estímulo à construção civil, outra área importante para alavancar o crescimento e a geração de empregos.

A avaliação do governo é que, ao lançar as bases de uma nova política industrial, Dilma aponta para a recuperação da economia no primeiro trimestre de 2015, indicando o fim da era do "pibinho”.

Na tentativa de driblar o pessimismo e afastar o mau humor, a estratégia do Planalto é discutir previamente as medidas com os empresários, como Dilma fez na reunião com o Fórum Nacional da Indústria (18).

Na avaliação de dirigentes ouvidos pelo Estado, Dilma protagonizou um importante movimento de reaproximação com o setor produtivo.

O diálogo prossegue e deve produzir novas medidas, para serem anunciadas ainda neste ano. Há negociações com os Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento.

O setor têxtil, por exemplo, discute um regime tributário específico. Se prosperar, as empresas terão queda de 18% para 3% em sua carga tributária. Também está no forno um programa de renovação das máquinas industriais.