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Setor da Construção

08 de Setembro de 2014

Fundos reduzem à metade exposição a setor de construção

O peso do setor de construção nos fundos de investimentos em ações livres caiu pela metade nos últimos três anos, de acordo com estudo da consultoria financeira Risk Office feito a pedido do Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Dados compilados ao fim de cada quadrimestre entre abril de 2010 e agosto de 2014 mostraram que a exposição dos fundos às ações de empresas de construção atingiu um pico de 10,6% do patrimônio líquido em agosto de 2011, recuando continuamente até atingir 4% em agosto deste ano.

O levantamento englobou 51 fundos de ações livres com patrimônio líquido mínimo de R$ 100 milhões.

Juntos, eles totalizam R$ 9,35 bilhões em recursos geridos.

Esses fundos não têm os índices da bolsa como referência e, portanto, possuem maior liberdade para alocação dos papéis.

No Índice Bovespa, o peso do setor de construção aumentou de 6,5% em abril de 2010 para um pico de 10,6% em agosto de 2012 e depois recuou continuamente, atingindo 1% em agosto deste ano.

É preciso ponderar, no entanto, que a queda foi intensificada pela mudança de metodologia na formação do Índice Bovespa.

O corte na participação dos papéis de incorporadoras e construtoras nos fundos pode ser explicado, em boa parte, pelos problemas operacionais das empresas e pela debandada de investidores estrangeiros, segundo Jorge Simino, diretor de Investimentos e Patrimônio da Fundação Cesp.

"As companhias cresceram muito rapidamente a partir de 2005, mas não estavam preparadas para esse processo e logo passaram a enfrentar problemas de coordenação nos canteiros de obra", afirmou.