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06 de Outubro de 2014
FMI: gargalos em infraestrutura afetam expansão do Brasil
A infraestrutura deficiente no Brasil não é apenas uma preocupação de médio prazo e tem afetado a atividade econômica do País, destaca um estudo do FMI, divulgado na semana passada, e que pede que os governos de diversos mercados invistam mais em infraestrutura.
Em meio ao crescimento econômico, o aumento do investimento público em energia, estradas, abastecimento de água e portos seria uma forma de estimular a atividade e gerar emprego.
"Em vários mercados emergentes, incluindo Brasil, gargalos em infraestrutura têm sido uma restrição ao crescimento", afirma o documento.
Um aumento do investimento em infraestrutura é crucial para a transição da economia mundial para um nível maior de expansão, ressalta o relatório.
"Cinco anos após a crise financeira global, a recuperação das economias mundiais continua, mas permanece fraca", diz o FMI.
Os países emergentes vêm registrando taxas decepcionantes de expansão do PIB, inferiores não apenas aos níveis do pós-crise, mas também aos números da década anterior a 2008.
"A natureza da desaceleração sugere que fatores estruturais podem estar contribuindo", ressalta o relatório.
Embora os economistas reconheçam que outros itens tenham peso no esfriamento da atividade, as deficiências na infraestrutura são alvo de preocupação crescente.
"Em países com necessidade de infraestrutura, o momento é certo para um empurrão (nos investimentos)", afirma o relatório.
As taxas de juros estão baixas nos mercados desenvolvidos e ainda devem continuar por algum tempo próximas de zero, o que reduz os custos de financiamento dos projetos.
Além disso, os fracos níveis de expansão do PIB sinalizam que a atividade pode precisar desse tipo de estímulo.
O aumento do investimento público em infraestrutura contribui para expansão maior do PIB no curto e longo prazo, diz o texto.