Fiol: lote 1 está paralisado porque empreiteiras rejeitam a obra

Empreiteiras vencedoras de licitação não estão interessadas em assumir a construção do primeiro lote da Ferrovia Oeste-Leste.

O lote 1 é um trecho de 125 km que abrange os municípios de Ipiaú, Itabuna e Ilhéus, cujas obras começaram a ser executadas pelas empreiteiras Delta e SPA Engenharia, que assinaram um contrato de R$ 575 milhões com a Valec, mas a Delta foi declarada inidônea pela Controladoria-Geral da União (CGU) e coube à SPA assumir sozinha a construção.

A SPA não teve fôlego financeiro para tocar a obra e acabou mergulhada em dívidas com fornecedores, bancos e funcionários.

A Valec rescindiu o contrato, e ofereceu a obra para a empreiteira que ficou em segundo lugar: a Andrade Gutierrez, que já atua em outro trecho da Fiol, mas não aceitou. A Camargo Corrêa, terceira colocada na licitação, também não aceitou.

A Valec agora tenta que o quarto e último colocado na disputa pelo lote, o consórcio Pavotec/Tejofran, assuma a obra, para começar em fevereiro, senão será necessária uma nova licitação.

As empreiteiras rejeitam a obra por conta de mudanças feitas no projeto original, além das dificuldades de execução da obra, que corta um longo trecho de Mata Atlântica.