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31 de Agosto de 2012
Falta de mobilidade urbana afeta competitividade da indústria

Segundo estudo encomendado pelo Conselho de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a falta de mobilidade nas cidades grandes trava o desenvolvimento do País. A pesquisa aponta que o tempo médio gasto em deslocamentos urbanos cresceu 20% entre 2003 e 2010, em função da expansão das cidades e do aumento das distâncias.
“Nossa percepção é de que as cidades brasileiras estão parando. Esse não é mais um problema exclusivo de São Paulo e do Rio de Janeiro e tem impacto sobre a produtividade da indústria, uma vez que afeta o fluxo de mercadorias e de trabalhadores. As cidades são a fonte principal de desenvolvimento das cadeias produtivas e de inovação do País”, afirma o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Coelho Fernandes.
Com o estudo, a CNI reforça a importância do debate do tema Cidades num contexto de eleições municipais, assim como contribui para a discussão aberta pelo Plano Nacional de Mobilidade, para o qual o governo federal anunciou investimentos de R$ 7 bilhões. Para o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, as cidades são centros de ideias e inovação para o setor industrial, já que nelas estão localizadas as universidades, os centros de conhecimento e as empresas.
Segundo o estudo, entre 2003 e 2010, o crescimento demográfico no Brasil foi de 13% enquanto o número de veículos em circulação aumentou 66%. O transporte individual apresenta um custo mais elevado para o poder público. O cálculo é de que o transporte individual é 14 vezes mais oneroso para o Estado do que o transporte coletivo. Nesse quesito, estão incluídos os custos de construção, operação e manutenção do sistema viário que viabilizam a circulação do transporte individual, além dos custos da poluição e acidentes. As viagens em transportes coletivos representam 36% do total de deslocamentos feitos, mas representam apenas 23% dos dispêndios de combustíveis.