Faça o login e acesse o conteúdo restrito.

Notícias



Setor da Construção

08 de Setembro de 2020

Falhas do passado pesam sobre IPOs de construtoras

A queda da taxa de juros e o bom desempenho de vendas de imóveis têm levado muitas empresas do setor de construção civil a buscar, no mercado de capitais, opção para financiar seu crescimento e, em alguns casos, também para que os controladores vendam uma fatia de suas participações. Mas tamanha movimentação gerou o temor de que o setor possa reviver os problemas enfrentados após a primeira onda de abertura de capitais, há cerca de treze anos, que provocou a quebra de empresas e prejuízo aos investidores.

Nos primeiros anos da onda anterior de IPOs, entre 2005 e 2009, as incorporadoras tiveram forte expansão do número de empreendimentos lançados e dos mercados de atuação. A pressão por apresentar ao mercado crescimento acabou resultando em estouros de orçamento, reversão de margens e distratos de vendas que tinham sido fechadas sem critérios muito rigorosos. Isso se somou à crise econômica do país. A maior parte das empresas amargou prejuízos decorrentes do período de euforia e acabou reduzindo seu tamanho e as praças de atuação. Algumas não conseguiram sobreviver e deixaram de existir.