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Setor da Construção


04 de Outubro de 2013

Enic: Construção tem que superar desafios para crescer

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O presidente da CBIC, Paulo Safady Simão, destacou, na abertura do 85º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), na noite do dia 2, os desafios que a Indústria da Construção precisa superar para continuar crescendo de forma sustentável.

Segundo Simão, o ambiente de negócios é desfavorável para os vários segmentos e, particularmente, para o setor da Construção que enfrenta obstáculos em diferentes aspectos, como: excesso de burocracia, legislação trabalhista ultrapassada, morosidade de licenciamentos, entre outros.

Paulo Simão abordou ainda o problema da imagem do setor da construção que fica comprometida diante da opinião pública devido à atuação arbitrária e exacerbada de organismos de controle, em especial nos temas trabalhistas e ambientais.

Em seu discurso o presidente destacou que o País saiu de uma situação de inflação fora de controle, instabilidade, sucessivos pacotes econômicos, baixo nível de investimento, desequilíbrio na balança e desemprego para uma nova realidade e que o setor da Construção é estratégico para que o país consiga responder à maioria das demandas apresentadas pela população brasileira.

“A maior parte desses desafios – construção de novas escolas e creches, melhores hospitais, erradicação do déficit habitacional, melhoria imediata de toda nossa infraestrutura, entre outros – têm a Indústria da Construção e do Mercado Imobiliário, como elementos chaves para a solução”, disse.

Segundo ele, tornou-se inviável para a Construção continuar crescendo de maneira constante, em um ambiente de negócios que, em sua avaliação, conta com estruturas arcaicas, em todos os níveis: prefeituras, cartórios, órgãos de licenciamento ambiental, patrimônio histórico, organismos de controle e fiscalização, etc.

“Sem falar na insegurança jurídica gerada por uma legislação trabalhista totalmente ultrapassada. O ambiente de negócios brasileiro tem sido grande responsável pelo baixo e inseguro desenvolvimento de nossa economia. São muitos os gargalos que se colocam à frente das diversas cadeias produtivas”, afirmou.

“Os empresários da construção não vão fugir do debate sobre os necessários aprimoramentos que devemos fazer no setor, revendo processos, discutindo antigos modelos, rompendo com os paradigmas. Precisamos refletir de forma aberta e transparente por que alguns segmentos da sociedade ainda têm uma visão negativa sobre o setor. Por que a prática equivocada de algumas empresas aventureiras acaba comprometendo o trabalho sério e honesto desenvolvido por quase 200 mil empresas formais da construção que atuam no país?”, disse.

Safady falou ainda sobre a desoneração do setor e das folhas de pagamento das empresas, conquista que veio em julho passado. “Entretanto, até o presente momento, não conseguimos ainda obter respostas da Receita Federal para as inúmeras questões apontadas pelo setor e que carecem de regulamentação, sem o que uma medida importante como essa acaba não gerando nenhum benefício, nem para o governo, nem para as empresas”.

A falta de esclarecimento e clareza gera para os empresários uma forte insegurança sobre como operar o cotidiano da gestão empresarial.