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Setor da Construção
23 de Julho de 2014
Empresas agem para evitar ações trabalhistas
Capacitação de mão de obra, diminuição da terceirização e cursos de inclusão comunitária.
São essas as estratégias das construtoras para evitar infração às normas trabalhistas.
Segundo especialistas ouvidos pelo DCI, esse tipo de impasse afeta, diretamente, a receptividade do cliente com a marca.
Na lista mais atualizada do Ministério do Trabalho e Emprego, 7% dos casos de trabalho análogo à escravidão envolvem construtoras.
Segundo o ministério, até 1 de julho, foram 609 ocorrências de empregados flagrados em práticas de trabalho análogo à escravidão.
Na construção civil, 36 casos foram apurados.
"Nesta atualização semestral foram incluídos os nomes de 91 novos empregadores, e excluídos 48 empregadores", diz em nota o ministro do trabalho e emprego, Carlos Roberto Lupi.
Segundo o diretor da consultoria Sitawi, Gustavo Pimentel, além do análogo à escravidão, ações que envolvam corrupção, infração dos direitos humanos e falta de sustentabilidade também prejudicam a marca.
"As empresas que têm marcas conhecidas e lidam diretamente com o consumidor são as mais preocupadas [com a imagem], independentemente de terem capital aberto ou fechado", disse ele.
Para a especialista em gestão de crise e consultora do mercado imobiliário, Liliane Arruda, acusações de infração às leis trabalhistas podem desvalorizar até 25% da marca em uma construtora.
"O impacto é grande, e por isso as empresas estão mais atentas à capacitação de mão de obra própria", explicou.