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Notícias



Economia

27 de Setembro de 2019

Desemprego cai e atinge 12,6 milhões, mas informalidade bate recorde

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,8% no trimestre encerrado em agosto, o que representa queda em relação ao trimestre anterior (12,3%) e na comparação com o mesmo trimestre do ano passado (12,1%). O resultado foi puxado pela criação de vagas informais, sem carteira assinada, que bateram recorde no período. Mesmo com a queda, ainda há 12,6 milhões de desempregados no país. O número recuou 3,2% frente ao trimestre anterior (13 milhões de pessoas) e ficou estatisticamente estável comparada ao mesmo trimestre de 2018 (12,7 milhões de pessoas).

Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.).

O perfil do mercado de trabalho mudou. A inserção se dá através da informalidade. Temos população ocupada recorde, mas com vínculos mais precários. Adriana Beringuy, analista de trabalho e renda do IBGE

Vagas só sem carteira assinada ou por conta própria A categoria dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (11,8 milhões de pessoas) bateu recorde da série histórica. O número de trabalhadores na informalidade cresceu nas duas comparações: 3,6% (ou mais 411 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 5,9% (mais 661 mil pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2018. Outro recorde da série história é com relação ao número de trabalhadores por conta própria: 24,3 milhões de pessoas. Houve estabilidade frente ao trimestre anterior e alta de 4,7% (mais 1,1 milhão de pessoas) em relação ao mesmo período de 2018. O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 33 milhões, o que representa estabilidade nas duas comparações.