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15 de Junho de 2022

Custo da Construção Civil em maio registrou a maior alta desde maio de 2011

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), calculado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou, em maio de 2022, aumento de 2,28%. Segundo a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, essa foi a maior variação mensal registrada pelo indicador desde maio de 2011, quando cresceu 2,94%. Com isso, o referido indicador de custos acumulou, somente nos primeiros cinco meses de 2022, alta de 5,28% e, nos últimos 12 meses elevação de 11,59%. As informações são do informativo econômico elaborado pela economista da entidade.

“Particularmente em maio de 2022, o custo com materiais e equipamentos cresceu 1,72%, sendo que as maiores influências positivas para essa variação foram os aumentos de 6,97% nos vergalhões e arames de aço ao carbono e 5,56% no cimento Portland comum. Em nenhuma das sete capitais componentes do INCC (Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife e Porto Alegre) o custo com materiais, equipamentos e serviços apresentou, em maio de 2022, elevação inferior a 1%”, disse.

Já o custo com a mão de obra registrou, neste mês, incremento de 3,08% em função dos aumentos registrados em Brasília (+4,34%), Rio de Janeiro (+3,35%), São Paulo (+4,50%) e Recife (+7,85%).

Desde julho de 2020, a Construção vem sofrendo forte elevação em seus custos. De julho de 2020 a maio de 2022, o INCC/FGV já aumentou 28,20%. Neste período, o custo com materiais e equipamentos cresceu 51,07%, o custo com os serviços 16,94% e o custo com a mão de obra 14,62%

“De julho de 2020 até maio deste ano alguns insumos se destacaram pela expressiva elevação em seus preços. Analisando os dados do INCC/FGV Materiais e Equipamentos observa-se que os preços dos vergalhões e arames de aço ao carbono, neste período, aumentaram 93,68%. Já os tubos e conexões de ferro e aço aumentaram 89,56% e os tubos e conexões de PVC demonstraram elevação de 80,63%. Os eletrodutos registraram elevação de 68,07% em seus preços e os condutores elétricos 64,31%. E esses são alguns dos aumentos. Cimento, massa de concreto, produtos de fibrocimento, elevador e compensados, entre outros, também registraram forte incremento nos preços”, explicou.

Segundo a economista, aumentos nessa proporção geram incertezas no mercado imobiliário e acabam por adiar investimentos. “Dados dos Indicadores Imobiliários Nacionais, divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), demonstram que enquanto a venda de apartamentos novos cresceram 2,2% na comparação dos três primeiros meses de 2022, em relação aos últimos três meses de 2021, os lançamentos recuaram 42,5%. Em relação a iguais meses do ano passado, as vendas apresentaram incremento de 1,4% e os lançamentos caíram 2,6%”, finalizou.

Clique aqui e leia o informativo econômico na íntegra 

O informativo tem interface com o projeto “Banco de Dados da Construção – BDC”, em correalização com o Serviço Social da Indústria (SESI) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).
Fonte: CBIC