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Economia
01 de Outubro de 2012
Crescimento do Brasil dependerá do Norte, Nordeste e Centro-Oeste

Nos próximos cinco anos, o crescimento brasileiro dependerá da expansão das economias das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Esta é a previsão do secretário do planejamento da Bahia, José Sergio Gabrielli, que representou o governador Jaques Wagner, nesta sexta-feira (28), em Recife (PE), no evento promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que teve como tema “Os Desafios e Perspectivas do Nordeste”.
De acordo com Gabrielli, o Brasil tem uma oportunidade de se consolidar como um importante player no cenário internacional, pois além dos dez anos de política de inclusão social e expansão do mercado interno, agora possui duas frentes: a primeira advém de grandes investimentos, sobretudo da Petrobras, no setor de petróleo, gás e biocombustíveis, que por motivos geológicos e climáticos, deve concentrar os recursos no Sudeste brasileiro. “O plano de investimento da Petrobras indica para os próximos cinco anos US$ 236,5 bilhões, o que vai na contramão da política de inserção regional”, pontua.
Segundo ele, a maturação desses investimentos requer tempo, e aí o Norte, Nordeste e Centro-Oeste serão fundamentais para sustentar o crescimento brasileiro, particularmente os setores da Construção Civil, Comércio e Serviços, o que já ocorrerá esse ano, com a tendência do Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste superar o do Brasil em até cinco vezes.
“Nesse sentido, o mercado interno de massas como motor da economia tem limitações. E aí a sustentabilidade do desenvolvimento exige investimentos em logística e em novas estratégias que vão além das transferências intragovernamentais, a exemplo da criação de fundos garantidores de Parcerias Público-Privadas (PPPs) e fundos de desenvolvimento regionais”, afirma Gabrielli, lembrando ainda que o Governo da Bahia criará um fundo garantidor de grandes projetos já em 2013, com recursos da ordem de R$ 280 milhões.
Os desembolsos do BNDES para a Bahia cresceram 78,6% entre 2007 e 2011, o que em termos nominais significou um salto de R$ 2,8 bilhões para R$ 5 bilhões por ano. Na região Nordeste este número foi ainda mais surpreendente, um incremento de 658% no período, o que significou uma escalada de R$ 3,43 bilhões para R$ 26 bilhões.