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Economia
12 de Junho de 2014
Crédito a concessões pode ter spread maior
O governo está ampliando o papel dos bancos públicos no financiamento de concessões leiloadas em 2013 e que serão ofertadas neste ano, diante da resistência das instituições privadas em participar dessas operações. Mas já vê limites nessa estratégia e reconhece que, mais adiante, terá que trabalhar com taxas mais próximas das vigentes no mercado para atrair recursos privados.
"O governo está fazendo o trabalho necessário para estimular esses primeiros projetos de infraestrutura", disse uma fonte oficial.
Por trás dessa estratégia está o reconhecimento de que o governo não terá recursos suficientes para garantir o financiamento de todas as obras de infraestrutura.
Por isso, será necessário garantir um retorno mais alto para atrair mais recursos privados de investidores institucionais como fundos de pensão, seguradoras, investidores estrangeiros e bancos de investimento.
"Neste primeiro momento, como o Brasil ainda não tem tradição em concessões, o governo resolveu conceder um estímulo".
O desafio imediato é fechar financiamentos de longo prazo, 25 anos, para os vencedores dos leilões de cinco lotes de rodovia realizados no ano passado.
Os empréstimos pontes, que garantem a injeção de recursos até que a operação definitiva esteja fechada, já estão encaminhados.
Empreiteiras têm relatado, porém, dificuldades em obter os financiamentos de longo prazo de bancos privados.
Pelo acordo fechado no ano, as empresas receberiam financiamentos com custo equivalente à Taxa de Juros de Longo Prazo, hoje em 5% ao ano, mais um "spread" de 2% ao ano.
No futuro, diz a fonte oficial, será necessário ter taxas mais altas para atrair recursos privados.