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Setor da Construção
27 de Junho de 2014
Construção civil está gerando menos emprego na Bahia
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta terça-feira (24) registra o terceiro mês consecutivo de perdas de vagas no setor no estado.
Se em maio de 2013 o setor da construção civil era o segundo lugar em geração de emprego formal, em maio de 2014 o setor lidera entre os que têm saldo negativo com a perda de 1.230 postos de trabalho com carteira assinada.
Considerando-se a série de 13 meses da pesquisa, o maior estoque de trabalhadores formais da construção foi registrado em setembro de 2013, com 211.055 postos de trabalho com carteira assinada.
“Em relação àquele mês o estoque de maio representa uma perda de mais de 8 mil vagas de emprego”, destaca o presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), Carlos Henrique Passos.
Para ele, uma análise da série da Caged é um bom termômetro para medir o desaquecimento no setor.
Salvador acompanha a mesma tendência e registrou um estoque de 103.791 trabalhadores em setembro de 2013, maior da série, e uma queda de quase 5 mil vagas no estoque registrado em maio de 2014.
Os dados referentes à Construção Civil abrangem os trabalhadores formais nos segmentos de construção de edifícios, infraestrutura e de serviços especializados.
Se considerarmos o grupo de Empresas de Construção de Edifícios, maio foi o sexto mês consecutivo com perda de vagas. O último mês em que foi gerado emprego no segmento foi o de novembro de 2013.
No período de 13 meses já há perda de 10% da quantidade de vagas na Construção de Edifícios em Salvador.
“Esta situação é consequência do pequeno número de lançamento imobiliários no 2º semestre de 2012 e em 2013, fruto da insegurança jurídica do PDDU e da LOUOS. Como a situação perdura, até por conta da elevação de custos com outorga onerosa e pagamento a vista do ITIV, a perspectiva é de que a situação se agrave ainda mais no curto prazo”, avalia Passos.