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Mercado

13 de Maio de 2014

Com margens menores, empresas se adaptam à nova realidade imobiliária

O ritmo de crescimento menor da economia, somado ao equilíbrio de demanda e oferta no mercado imobiliário, trouxe às construtoras um novo cenário de negócios.

Agora, o valor do metro quadrado - tanto para imóveis novos quanto usados - começa a subir menos que a inflação, o que significa uma queda real no valor do imóvel e deixa o empresário atento sobre novos lançamentos.

De acordo com o índice mensal FipeZap de janeiro a abril, o preço do metro quadrado do imóvel pronto caiu 0,5% em média, descontada inflação do período projetada em 2,99%, segundo a inflação oficial (IPCA).

Em 14 das 16 cidades pesquisadas, os preços não acompanharam a inflação. A maior queda de preço, entre janeiro e abril, foi em Porto Alegre (-4,5%), Brasília (-3,1%) e Curitiba (-2,6%).

Para o coordenador do Índice FipeZap, Eduardo Zylberstajn, a movimentação não é brusca, mas aponta um ajuste entre oferta e demanda que já havia sido verificado nos últimos meses. "A variação de preço do metro quadrado é decrescente", disse.

"A demanda de pessoas em busca de moradia, já foi reprimida. Isso aponta um novo cenário, em que o crescimento será mais orgânico e dependerá da economia, da confiança dos brasileiros no País e estímulos públicos", diz o professor de macro economia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Roger Simão.

De olho nessa mudança incorporadoras e construtoras - que já vinham desde o ano passado pisando no freio em lançamentos e apostando em estoque - devem prosseguir com ritmo mais lento de novos projetos.