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Setor da Construção
26 de Maio de 2014
CII discute os dilemas do Minha Casa Minha Vida
O programa Minha Casa Minha Vida gerou impacto direto na economia e no mercado imobiliário, mas ainda precisa se aprimorar, corrigir falhas e minimizar os entraves burocráticos.
Os benefícios e fragilidades do programa foram apresentados pelos expositores no dia 22, primeiro dia de palestras da Comissão da Indústria Imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CII/CBIC), no 86° Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC).
Ao mesmo tempo em que favorece o aumento de vagas de emprego e a redução do déficit habitacional, o Minha Casa Minha Vida também sofre os efeitos da alocação insuficiente de recursos, dos atrasos de repasses e da dificuldade de articular ações com as concessionárias de água, energia, esgoto e telefonia.
A intenção da coordenação da CII, ao colocar o tema em pauta, era refletir sobre a necessidade de avanço da Política Nacional de Habitação (PNH), da qual o Minha Casa Minha Vida é o elemento essencial. A presença dos representantes dos candidatos se fez oportuna para mostrá-los um dos grandes anseios da CBIC, que é garantir que o programa seja tratado como programa de Estado e não como política de partido.
Isso, inclusive, foi enumerado entre as propostas apresentadas na terceira parte das palestras, feita pelo presidente do Sindicato da Indústria da Construção da Bahia (Sinducon-BA), Carlos Henrique Passos, que se encarregou por sugerir medidas e fundamentos que uma PNH deve ter.
No primeiro momento, a economista e coordenadora de Projetos da Construção da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ana Maria Castelo, demonstrou os benefícios do programa. Segundo ela, o Minha Casa Minha Vida foi crucial para recuperar o crescimento da economia brasileira, na época, amparado pela consequente expansão da indústria da construção.
“O setor tem um enorme poder de encadeamento. Os investimentos em habitação geram grande impacto na geração de renda, emprego e contratação de serviços”.