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Política

05 de Agosto de 2014

Casa própria no palanque: candidatos inflam planos habitacionais

A falta de moradia adequada para cerca de 5,8 milhões de famílias no Brasil e a pressão exercida por ocupações de terrenos e imóveis em grandes centros urbanos colocaram a habitação no centro do debate eleitoral.

Na tentativa de apresentar uma solução para o problema, candidatos à Presidência propõem metas que obrigariam a média histórica de produção de casas populares aumentar até 348%. Urbanistas e pesquisadores ouvidos, porém, consideram as promessas difíceis de serem cumpridas.

Entre 1964 e 2002, o governo federal construiu 8,5 milhões de moradias populares, uma média de 223 mil casas entregues por ano. Por meio do programa Minha Casa Minha Vida, a União produziu mais 1,7 milhão de casas entre 2009 e julho deste ano, cerca de 340 mil por ano.

A presidente Dilma Rousseff (PT) fala em construir mais 3 milhões de casas na terceira fase do programa federal de moradia, o que elevaria a média anual para 750 mil casas por ano.

O ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, candidato do PSB, prometeu entregar 4 milhões de novas casas no país inteiro.

Para cumprir a meta de Campos em quatro anos, seria necessário produzir os imóveis 4,5 vezes mais rápido do que fizeram os nove governos entre 1964 e 2002.

O senador Aécio Neves (PSDB) ainda não apresentou números de novas moradias em seus programa de governo.

As diretrizes do plano falam na manutenção e ampliação do Minha Casa Minha Vida e a criação de um Plano Nacional de Habitação, instrumento que existe desde 2009 e prevê metas para zerar o déficit habitacional até 2023.