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Economia
08 de Outubro de 2014
Banco Mundial prevê crescimento de 0,5% para o Brasil
“O pais está no meio de um debate fundamental sobre como reconstruir o crescimento e isso passa por grandes agendas”, afirmou Augusto de la Torre, economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe.
A primeira seria a de verificar o tipo de política econômica que pode entusiasmar investimentos. Segundo Torre, boa parte do crescimento do Brasil, nos últimos anos, foi feita com base no consumo.
“Isso não foi mal, só que a economia cresce no longo prazo não apenas com o consumo, mas com estabilidade”, apontou.
Torre disse que é preciso identificar um caminho pelo qual a economia brasileira cresça não somente com o consumo, mas com investimentos.
“O Brasil precisa ver onde estão os gargalos do crescimento”, continuou o economista-chefe do Banco Mundial, citando a necessidade de modernizar o transporte e de desenvolver os serviços públicos.
A previsão de baixo crescimento do Brasil foi feita durante a apresentação do estudo “Desigualdade em uma América Latina com menor crescimento”, nessa terça-feira, em Washington.
De acordo com o estudo, o crescimento do país está abaixo da média da região, que é de 2,7% para 2014, e se encontra atrás de 27 nações da região.
O Brasil só supera Barbados, Argentina e Venezuela. As duas últimas estão com previsão de contração de 1,5% e 2,9%, respectivamente.
Segundo o Banco Mundial, com esse nível baixo de crescimento, países como o Brasil, a Argentina e a Venezuela podem ter dificuldades para manter a tendência de redução da desigualdade registrada na última década, quando houve a redução pela metade dos níveis de pobreza extrema, alcançando 12% em 2012, e a duplicação da classe média para 34% da população latino-americana no mesmo ano.