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15 de Outubro de 2014
As cadernetas e o crédito imobiliário no cenário atual
O comportamento dos depósitos de poupança era acompanhado de perto pelo poder de competição das cadernetas em relação aos demais ativos e pelo impacto sobre as operações de crédito imobiliário.
No curto prazo, porém, o interesse parece oscilar. Em setembro, a captação líquida das cadernetas foi de R$ 1,3 bilhão, menor resultado para o mês desde 2005.
Entre janeiro e setembro, o saldo foi positivo em R$ 15,5 bilhões e tende a crescer neste trimestre por causa do recebimento do 13.º salário.
A captação recorde de R$ 71 bilhões em 2013 deveu-se à queda dos juros básicos, que reduziu a atratividade de outras aplicações. Não há riscos para o setor imobiliário.
Com esse saldo, ainda que não houvesse captação positiva nas cadernetas do SBPE, haveria recursos suficientes para atender à demanda de crédito imobiliário por mais dois anos, pelo menos.
Mas já há outros papéis cuja captação é crescente, como as Letras de Crédito Imobiliário, os Certificados de Recebíveis Imobiliários e os fundos imobiliários.
Em conjunto, esses papéis já registram aplicações de R$ 225 bilhões até agosto - ou seja, 45% dos saldos das cadernetas.
Além dessas modalidades, a Medida Provisória 656 criou a Letra Imobiliária Garantida, completando-se a estrutura de captação que está mais voltada, hoje, para imóveis comerciais, mas que poderá financiar moradias no futuro.