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Economia
17 de Março de 2017
A questão do IPTU
A judicialização do reajuste do IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana implantado em 2014 pela Prefeitura de Salvador, que voltou ao noticiário esta semana, é completamente fora de propósito. Na verdade, a maioria da população que paga o IPTU já assimilou aquele reajuste e o fez porque percebeu que houve retorno em termos de serviços e investimentos. O IPTU é um imposto com correlação direta com a qualidade da administração municipal. Se o proprietário de imóvel vê que a cidade está sendo bem administrada, que os investimentos estão melhorando a mobilidade urbana e os serviços básicos ele paga o imposto – mesmo sabendo que a carga tributária que incide sobre os brasileiros é escorchante – pois reconhece que seu dinheiro está sendo aplicado na cidade. A prova disso é que três anos após o reajuste houve uma queda de 82% nas impugnações dos impostos. Claro, a maioria dos habitantes de Salvador é tão pobre que não pode pagar IPTU, por isso do total de contribuintes e, levando em conta que mesmo com o aumento o IPTU per capita de Salvador é mais baixo que o de cidades como Recife e o de Aracaju, pode-se verificar a imprescindibilidade do reajuste no imposto. Não há cidade bem administrada sem que o cidadão pague seus impostos, por isso qualquer decisão judicial que volte a situação anterior, quando se pagava pouco ou nenhum IPTU, mas em compensação a cidade vivia completamente abandonada, será um desserviço a Salvador.